Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2006

A Porta

Porta.jpg

 

Estás aí especado à entrada de porta sem saberes se queres entrar ou não!

Chegaste de mansinho, sem que eu ouvisse um mínimo de ruído qualquer. Devias ter calçado os teus chinelos e por isso trazias pezinhos de lã. Ou então vinhas descalço, não reparei!

Nem sequer dei conta dos ruídos das escadas a ranger, quando as subias p’ra finalmente tocares à minha campainha e dizeres que estavas ali.

Eu percebi quando abri a porta, que estavas ali à espera que eu decidisse por ti se irias entrar ou não. Mas eu não decidi e como tal continuas aí especado sem saberes o que fazer.

Acho que já te esqueceste que eu te abri a porta! Podia ter decidido que não iria abrir porque não me apetecia ter-te aí especado à espera da tua própria decisão. Mas abri, e como tal, convidei-te a entrar. Fui uma boa anfitriã, mas não posso decidir por ti…

 Permaneces indeciso entre o ir embora para o frio da noite ou o entrar e abrigares-te no aconchego dos meus braços. Mas tu é que tens de saber o que queres fazer.

A dúvida em ti começa a instalar-se e perguntas-te interiormente se terás feito bem em vir aqui. Começo a ver a confusão nos teus gestos. Abanas a cabeça sem dizer nada, tiras um cigarro do bolso e perguntas-me se tenho lume, sempre à entrada da porta que é mais romântico! Lembro-me dos filmes do James Dean, tens os gestos iguais. Deve ser por isso que não acho a situação ridícula.

Fico confusa, não sei o que fazer. Por fim resolvo procurar um isqueiro, daqueles inúmeros que costumo ter espalhados pela casa toda, não vá a luz faltar num dia qualquer em que esteja sozinha em casa e eu ficar às escuras.

Aprendi a ter medo do escuro contigo. É incrível como essas coisas se pegam!

Lembro-me que quando me abriste a porta de tua casa pela primeira vez. Fiquei uns minutos a olhar. P’ra casa, p’ro portão, p’ra ti ali especado, mais uma vez, a segurar no portão p’ra que entrasse. Por fim lá entrei. Primeiro a medo, sem saber como as coisas eram e como iriam ser. Apresentaste-me a tua gata, que por sinal gostou de mim, e foi ela que me mostrou onde era a porta de entrada.

Gostei das tuas superstições de entrada. Gostei do cheiro da tua casa. Gostei de me teres convidado a entrar e gostei mais ainda de ter tido a coragem de entrar, mais uma vez.

Depois reagi como se já tivesse ali estado muitas vezes numa qualquer vida anterior. Contigo ao meu lado deitado no sofá. Acendeste-me a lareira p’ra eu não morrer de frio e contaste-me muitas coisas que hoje preferia não saber.

Compreendo os teus medos, os teus receios e as tuas desilusões. Mas não te compreendo a ti.

A minha mãe é que dizia que eu gosto de coisas e homens difíceis… E como sempre a minha mãe tinha razão.

Não sei que pensar sobre o facto de ainda estares aí especado à porta de minha casa sem te conseguires decidir, enquanto eu me perco em divagações ilógicas. Será assim tão difícil pores um pé à frente do outro e dares mais um passo? Só mais um? Um de cada vez? Desculpa, mas não me apetece servir de canadiana e ajudar-te a andar. Desta vez tens de ser tu a decidir o que queres realmente fazer.

Começas a balbuciar qualquer coisa sobre não conseguires. É nesse exacto momento que percebo que eu é que nunca devia ter aberto a porta de minha casa. Apagas o cigarro no meu tapete e desculpas-te por isso. Mas mesmo assim continuas especado à porta de minha casa.

Estou com frio e cansada de estar de pé. Pergunto-te se queres um cobertor p’ra dormires aí no tapete. Sorris! Há quanto tempo não sorrias dessa maneira! Dizes que não. Que o tapete é muito pequeno p’ra ti e que o chão está frio. Mas continuas à porta de minha casa.

Digo-te que estou cansada e com frio, que não me apetece passar a noite ali assim. Dizes que a ti também não. Que tiveste um dia horrível, estás chateado com muitas coisas e que por isso resolveste vir falar comigo. Pergunto-te mais uma vez, e desta a última, se queres entrar. Ficas mudo e especado! Dizes que não sabes, que p’ra ti é difícil, que precisas de tempo.

Então digo-te que quando decidires voltes a tocar à campainha e talvez eu volte a abrir a porta de minha casa p’ra te receber. Até lá estarei cá dentro de porta fechada.

Não me apetece viver na indecisão, prefiro viver na solidão da tua ausência…

 


Soprado por: Asa às 12:09
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Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2006

Estupidez crónica aliada a Analfabetismo Funcional

StupidPC.gif

Caros leitores do meu Blog!

Tenho recebido inúmeras (?) queixas no que respeita aos comentários aos meus posts. Pois é! Vocês tinham razão e o blog e o computador também.

Não era possível deixar comentários, porque eu, praticamente analfabeta funcional no que respeita á informática, estupidamente fechei estes novos posts a comentários.

Eu achava estranho a sagrada companhia do Sapo ter arruinado o meu início de escrita interactiva. Mas pensei que era defeito deles.

Afinal já vi que o problema era mesmo da minha estupidez crónica…

Como tal e dada a falta de tempo aliada a imenso trabalho, este novo post é só para vos informar que já podem fazer comentários… Por isso não hesitem e agora toca a mandar os vossos comments, que eu aguardo cheia de curiosidade.

Ha! Tenho mais uma novidade, a partir de Março, vou dar oportunidade aos meus caríssimos amigos de publicarem qualquer coisita durante um mês. Já viram que querida eu sou?!

Agora o problema é mesmo decidir que mês é que vou atribuir a quem…

Enfim! Duvidas existenciais que nunca me largam. Eu nasci p’ra pensar e decidir.

Vivam as mulheres de armas…

Boa semana p’ra todos e todas.


Soprado por: Asa às 15:31
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Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2006

Asas (GNR)

Asas.JPG

Asas servem p'ra voar

Para sonhar ou p'ra planar

Visitar espreitar espiar

Mil casas de rua

As asas não se vão cortar

Asas são p'ra combater

Num lugar infinito

Num vácuo

Para expirar o ar

Asas são p'ra proteger

 De pintar não te esquecer

Visitar-te, olhar, espreitar-te

Bem alto do luar

E só quando quiseres pousar

A paixão que te roer

É um amor que vês nascer

Sem prazo, idade de acabar

Não há leis p'ra te prender

Aconteça o que acontecer

Mas só quando quiseres pousar

A paixão que te roer

É um amor que vês nascer

Sem prazo, idade de acabar

Mas só quando quiseres pousar

A paixão que te roer

É um amor que vês nascer S

em prazo, idade de acabar

Não há leis p'ra te prender

Aconteça o que acontecer


Soprado por: Asa às 16:05
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Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2006

Liberdade vs. Solidão

Liberdade vs Solidão.jpg

 

Cada vez mais constato que as pessoas vivem sozinhas, mesmo que vivendo acompanhadas. A solidão tornou-se a eterna companheira das horas vagas, com a simples de desculpa de Liberdade.

Chamamos liberdade ao facto de morarmos sós porque gostamos disso, ao facto de não nos apaixonarmos para não nos tornamos dependentes, ao facto de falarmos com os amigos pela net para não os visitar porque poderíamos incomodar, etc.

Parece que sermos só nós próprios nos facilita a vida e nos livra de complicações. Passamos a designar namorados por amigos coloridos, pai e mãe por cotas, marido por companheiro e etc e tal…

Será a dependência algo assim de tão grave para termos de nos envergonhar com isso? Será que morar com alguém não traz recompensas gratificantes? Será que “adoptarmos” uma companhia na nossa vida é algo embaraçoso?

Parece que na nossa geração é! E depois quando encontramos alguém disponível e suficientemente generoso para nos oferecer a sua companhia apegamo-nos a ele/a desesperadamente e tentamos disfarçar. Benditos os namorados que fazem cenas na rua, daquelas que só apetece dizer “Get a room!”. Esses ao menos não têm medo de mostrar os seus sentimentos em frente a todos os outros (às vezes até mostram mais que os sentimentos, coisa que nós dispensávamos, mas enfim…).

Dada a onda de romantismo que pareceu afectar a população mais próxima que vive à minha volta no Dia dos Namorados, não poderia deixar de fazer um post à laia de crónica sobre este assunto tão intimamente ligado e correlacionado com o caso. Quer-me parecer que cada vez mais o amor se tornou comodista e a paixão se transformou na chamada “amizade colorida”. Não me levem a mal as críticas, mas é o que sinto comigo mesma e com alguns dos outros…

Não digo que a solidão não me saiba bem, em alguns momentos da vida, mas a solidão também mata. O ser humano é social por natureza, e como tal, nasceu para se socializar. Mas aparentemente na nossa sociedade actual isso não se passa bem assim, cada vez mais arranjamos desculpas para não sair de casa, seja porque está frio ou então está calor, estamos cansados do trabalho, temos coisas para estudar, queremos ver o que vai dar na televisão, estamos velhos para noitadas, precisamos de dormir, sei lá. Poderia estar toda a noite a teclar os inumeráveis motivos porque isto acontece.

O facto é que me fartei e admito-o! Fartei-me de dormir sozinha todas as noites, sem ninguém para me mimar, fartei-me de almoçar e jantar e tomar o pequeno-almoço sozinha todos os dias, fartei-me de cozinhar só para mim, fartei-me de dividir as minhas preocupações só com este blog, fartei-me da minha vida de solitária. Talvez isto seja um bocado “forte” para escrever num blog que vai a concurso na minha faculdade, mas paciência. Desabafos, são desabafos e é isso mesmo que torna este blog tão única, tão pessoal e tão meu!

Se não escrevesse o que penso não seria eu. Já basta não dizer o que quero em algumas situações realmente irritante. E após tamanha onda de defesa de liberdade de expressão, resolvi usar da minha para me exprimir, mesmo que isso choque alguns e algumas. Quem não quer não leia! (Comigo é mesmo assim!)

Já se deve ter notado que hoje estou com o chamado “humor de cão”! Há dias assim! Aqueles dias profundamente irritantes em que todo o Mundo à minha volta está felicíssimo e eu me sinto miserável. Ou melhor, há semanas assim! Preciso é de álcool nas veias! Também esse muitas vezes disfarçado de amigo e companheiro das horas de solidão. O mesmo se passa com o tabaco, já a J. me dizia que o cigarro é uma companhia nas horas de solidão e tristeza. Mais um engano em que caímos para nos desculparmos! Nem vale a pena ir por aí!

Ninguém prefere continuar a viver na distância das horas mortas e no longínquo dos dias que passam. Essa é uma mentira que dizemos a nos próprios para não sermos dependentes de outros, com medo que esses mesmos outros nos desiludam e nos magoem uma e outra vez.

Dizer amo-te passou de moda, está “demodé”! Preferimos dizer que gostamos muito de alguém, que o curtimos, que gostamos da sua amizade colorida, que andamos, curtimos, mas não namoramos. Só temos sexo, mas não fazemos amor. Não é que goste particularmente desta última expressão, mas dita com verdadeiro amor até é bonita de se ouvir…

Enchi! Choquei! (Expressões típicas minhas, ouvidas por quem me conhece bem e que no fundo até têm uma certa dose de piada…). Como diriam os Clã, andamos com um “Problema de Expressão”! O problema é que nem sequer nos damos conta disso mesmo.

Não prefiro a solidão da minha casa à companhia de alguém que amo. Prefiro é não o dizer para não me magoar se essa não for a opinião de outros. Não é que tenha um coração assim tão fraco, mas aprecio o romantismo quando é exibido por outros que não eu! Não me importo que digam que me amam ou que têm saudades minhas, desde que não me cobrem nada em troca. Sim, que por vezes o amor também é bastante egoísta e exige na mesma medida ou noutra ainda maior do que aquela em que dá.

Resumindo a minha incoerente linha de pensamentos, gostava mesmo era de ter aqui uma pessoa ao meu lado, para jantar comigo e mais alguma coisa… Mas não tenho e por isso senti-me sozinha e triste e como tal resolvi desabafar com a única companhia que me resta: o meu computador… No fundo, no fundo é um dos meus melhores amigos e não sabe. Bem, eu também nunca lho disse. Ainda não cheguei à fase de falar com os objectos. Ainda não atingi o estado de Solidão Aguda Grau 5. Devo aí andar a rondar o Grau 3…

Resta-me dizer aos meus caros leitores (esta é uma frase que sempre sonhei dizer e escrever) que não tenham medo de arranjar companhia e de lhe dar um nome decente, tipo: namorado, marido, amigo, pai, mãe, animal de estimação, seja o que for. O que importa é que comecemos a chamar as coisas pelos nomes.

Solidão será sempre Solidão, por mais que a tentemos disfarçar com o bonito nome de Liberdade…

 

N.B. Isto hoje está um pouco decadente, desculpem! Mas o meu estado de espírito não deu para mais e precisava mesmo de dizer o que estava a pensar. Já me chega o estágio para engolir os pensamentos…

 


Soprado por: Asa às 11:18
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Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2006

Caricaturas

 

Como não podia deixar de ser também eu tenho forçosamente de comentar este polémico tema das caricaturas de Maomé, que nos enche minutos e minutos de telejornais diários, e páginas e páginas de jornais nacionais.

Se me perguntarem se contra ou a favor, reponderei “Depende!”. Sou totalmente a favor da liberdade de expressão, mas totalmente contra a falta de respeito. Ou seja, acho que países como a Dinamarca ou mesmo Portugal têm todo o direito de publicar as caricaturas, mas é preciso ter em conta o respeito pela liberdade dos outros.

Não acho normal a onda de violência que esta “brincadeira” (sim porque para mim não passa disso) gerou. Mas acho que nenhum ser humano minimamente informado não prevesse que isso iria acontecer.

E sinceramente na minha opinião, algumas das caricaturas são mesmo ofensivas até para mim, que não sou islâmica. Chegam a degradar a condição da mulher (refiro-me aquela que diz não entrem que já não há mais virgens).

Os islâmicos acreditam que representar Maomé é um pecado mortal. Sendo assim, eles devem pensar que quem o fez merece a morte. E por causa disso temos assistido à morte de inocentes que se calhar até estariam contra essas publicações.

Acho que a questão fulcral é a falta de respeito por aquilo que nos é indiferente. Há que respeitar a religião dos outros mesmo que não concordemos com ela. Por exemplo, se formos à Índia não podemos tocar nas vacas senão vamos presos, já que estas são consideradas sagradas. E não é por acharmos isso uma estupidez (eu pessoalmente acho!) que vamos desatar a afastar as vacas do caminho. E no entanto, também temos liberdade de expressão, quanto mais não seja de sentimentos. (O mais caricato é o facto de serem os carros a desviarem-se delas quando vão na estrada.)

Tenho pena que alguém se tenha lembrado de ter o mau gosto de fazer esses desenhos, e mais ainda, que alguém tenha descoberto algum interesse na sua publicação. Mas visto que isso aconteceu, também não sou a favor de pedirmos perdão ao povo islâmico, como dizia o Sr. Dr. Freitas do Amaral no seu comunicado, que só pode ser apelidado de ridículo.

Resta-me apenas sentir-me feliz por viver num país onde posso dizer que considero ridículas as atitudes de um ministro de um Governo que não ajudei a eleger. Mas até isso pode acabar por um dia!

E como tal, resta-me deixar-vos uma ilustração precisa e sintética do meu ponto de vista, que ao longo destas linhas tentei expor. Fenomenal!!!

 

 

LibExp.jpg


Soprado por: Asa às 16:01
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Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2006

Dia dos Namorados

Pronto!

É oficial!

Rendi-me á lamechice...

É so para dizer quanto sinto a tu falta P.

 

Gosto muito, muito, muito, muito, muito, muito de ti...


Terça-feira, 7 de Fevereiro de 2006

Divagações sobre o amor...

Apaixonado.jpg

Mais um post, mas desta vez num género um pouco diferente! Difícil de definir... talvez um pouco de humor negro!?

Antes que chegue e se instale definitivamente a época proclamada das lamechices eu adiantei-me e resolvi já começar a criticar. Isto é só para depois não me dizerem que é dor de cotovelo, porque até nem é. Pelo menos este ano não é!

Está a começar a época oficial da lamechice, ou seja, aproxima-se o Dia de S. Valentim, vulgo Dia dos Namorados. Podia até haver um anúncio tipo: “Está oficialmente aberta a época da lamechice e apelo ao consumo disfarçado de romance”. Sim, porque hoje em dia parece que a tão bonita história de amor se está a transformar potencialmente na bela história da compra de prendas. Ainda por cima em época de tão proclamada crise… não dá entender a sociedade portuguesa…

E até já há promoções e tudo! Tipo: o Rock in Rio Lisboa tem uma promoção para a compra de 2 bilhetes com oferta de 2 t-shirts; ou a PT que vende um telefone com 3 meses sem pagar. E agora pergunto eu: “ E se até à data do Rock in Rio Lisboa as coisas derem para o torto? Podemos oferecer o bilhete a outra pessoa?” ou então” E no fim dos 3 meses acabamos o namoro porque já não falamos á borla?”. É que por amor de Deus, não há pachorra para estas coisas...

Mas há pior! A infinita colecção de Swatch Dia dos Namorados. Há que fazer jus á coisa que este ano o relógio até é bonito, mas por favor, é tipo dizer “Vê lá se com esta prenda passas a chegar a horas...”. Até o Martini (marca de bastante qualidade bebível, quem me conhece sabe que eu gosto!) tem um anúncio do género...

And so on, and so on, and so on...

Poderia estar aqui a desfiar as restantes quantidades de coisas que se fazem. Mas nem para isso há grande paciência. Claro que tenho que referir a tradicional prendinha do belo do boxer com corações ou então o tradicional ramo de rosas vermelha que fica sempre bem (mas depois não digam que se é namorada ou não ainda pra se ver...)J.

Enfim, a lamechice no seu auge!

Mas também há coisas engraçadas. Por cá por Coimbra faz-se algo digno de registo nacional. No dia 14 de Fevereiro há o tradicional Jantar dos Encalhados. Qualquer coisa tipo um encontro onde as pessoas sem namorado vão jantar todas juntas e com esperança que a coisa se dê. É sempre uma hipótese para não se passar a noite sozinho/a, e talvez a última.

É por essas e por outras que eu cá vou ficar sozinha em casa a jantar. Não que eu me importasse de ter um Padre Amaro a cozinhar para mim, mas a coisa está difícil. O homem anda com muito trabalho e eu como boa pessoa que sou não quero que ele apanhe um esgotamento nervoso só para vir até Coimbra fazer-me o jantar.

Sendo assim, resta-me refugiar-me ao estilo Bridget Jones e esperar que me encontrem no meu apartamento já meia comida por lobos da Alsácia. (Não vale fazer piadas com a parte do meia comida por...).

É que essas coisas do amor são muito bonitas, mas é preciso que ele exista de verdade e seja recíproco. Não se consegue amar por dois, por mais que se tente.

E eu cá já estou na fase do nem sequer tentar. Chamem-me hipócrita, mas para mim, na vida real, as coisas morrem. Quer seja porque as matamos, quer seja porque não as alimentamos.

De qualquer modo acho muito bonito todas essas coisas, desde que não me atinjam. E por isso mesmo, resta-me desejar-vos um feliz Dia de S. Valentim.


Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2006

Aluga-se...

Aluga-se coração com vista para a solidão...

Poética não é? É originalmente minha.

Com muito orgulho!


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