Isto deve ser um sinal…
Estava eu a escrever o rascunho de um post para aqui publicar e o raio do documento vai à vida sem que eu pudesse sequer tentar memorizar as palavras que já tinha rabiscado. Mas aqui vai a ideia essencial.
Já há algum tempo que deixei de vir a este blog. Já há muito tempo que deixei de ter vontade e assunto para publicar fosse o que fosse. Os motivos eu não sei, foi algo gradual que foi acontecendo sem que eu me apercebesse.
Para aqueles que regularmente aqui vêem ( e que são em média 13 pessoas por dia, que lêem 2 páginas de cada vez que aqui vêem) e que não se tenham apercebido, este blog apareceu, coincidentemente (embora eu não acredite em coincidências) na mesma altura em que se iniciou uma paixão na minha vida. Este blog era uma espécie de parasita que se alimentava na paixão que por sua vez me alimentava a mim. Mas era um parasita que vivia no seu hospedeiro e lhe permitia desabafar certas coisas que este não era capaz de fazer. Era um parasita com funções benéficas.
Mas como aconteceu com a paixão, também o blog se foi desenrolando aos tropeções, sem saber bem qual o rumo que iria tomar. Como a própria descrição diz eram pensamentos pessoais e por vezes algo mais do que isso.
Mas a paixão foi esmorecendo e também o blog a acompanhou. Devem-se ter percebido por alguns posts que publiquei que o desenrolar da paixão nem sempre era dos mais felizes, assim como não o eram os posts que surgiam no blog. E o blog foi perdendo um bocado de conteúdo, deixou de ter o seu sentido. Se calhar por isso, já há 4 meses que criei outro, numa data marcante na minha vida. E a esse outro fui-me dedicando de alma e coração, fui deixando grande parte de mim e das minhas mágoas ao mesmo tempo que tentava suster este, entre uma e outra coisa que cá encontrava para escrevinhar.
Mas as coisas não têm corrido muito bem, como se pode ver. O Asa tornou-se numa espécie de morto-vivo, um fantasma que se vai actualizando mas cujas palavras pouco ou nenhum impacto provocam em quem as lê. Facilmente verificável pela falta de comentários não é?
E então como na paixão, também o blog morreu. Tentei ressuscitá-lo algumas vezes, muitas das quais com apenas um sopro, uma lufada de oxigénio que pouco ou nenhum efeito tinham sobre ele.
Digo sinceramente que nunca pensei que o Asa fosse terminar antes do seu primeiro ano de vida, que se encerrasse sem que a outra Asa, ou pelo menos a Asa gémea, fosse encontrada. Mas a verdade é que assim foi.
O Asa morreu. O meu amado blog morreu.
Sem que eu própria me desse conta, a morte surgiu lentamente e veio-se instalando a pouco e pouco. É notório que a vida deste blog se esmoreceu na exacta medida da morte da minha paixão.
Não sei se a sua morte será definitiva, se não haverá ressurreição possível para aquele que foi o meu amado tantos meses. Para a paixão eu garanto-vos com toda a certeza que não há. Para o blog não sei...
Tentarei que haja. Farei todos os possíveis para que aquele que foi o eterno companheiro das horas vagas, mortas e triste possa voltar a sê-lo. Tentarei pelo menos que até ao seu primeiro ano de vida esta vida possa existir.
Mas se tal não acontecer, pelo menos sabem o porquê de tal situação. Sabem que não foi por não tentar, foi porque não consegui. Perdi a alimentação necessária para que tal acontecesse.
Espero que a vida do Asa não cabe aqui…
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